sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Veterinária, um amor além da vida

Ser veterinário não é só cuidar de animais. É, sobretudo amá-los, não ficando somente nos padrões éticos de uma ciência médica. Ser veterinário é acreditar na imortalidade da natureza e querer preservá-la sempre mais bela. Ser veterinário não é só ouvir miados, mugidos, balidos, relinches e latidos, mas principalmente entendê-los e amenizá-los. É gostar de terra molhada, de mato fechado, de luas e chuvas. Ser veterinário é não importar se os animais pensam, mas sim que sofrem. É dedicar parte do seu ser à arte de salvar vidas. Ser veterinário é aproximar-se de instintos. É perder medos. É ganhar amigos de pelos e penas, que jamais irão decepcioná-lo. Ser veterinário é ter ódio de gaiolas, jaulas e correntes. É perder um tempo enorme apreciando rebanhos e voos de gaivotas. É permanecer descobrindo, através de animais, a si mesmo. Ser veterinário é ser o único capaz de entender rabos abanando, arranhões carinhosos e mordidas de afeto. É sentir cheiro de pelo molhado, cheiro de almofada com essência de gato, cheiro de baias, de curral, de esterco. Ser veterinário é ter coragem de entrar num mundo diferente e ser igual. É ter capacidade de compreender gratidões mudas, mas sem dúvida alguma, as únicas verdadeiras. É aliviar olhares, é lembrar de seu tempo de criança e querer levar para casa todos os cães vadios e sem dono. Ser veterinário é conviver lado a lado com ensinamentos profundos de amor e vida.


"Todos nós podemos nos formar em veterinária, mas nem todos serão veterinários."





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